25/05/2015
Apenas 34% do público-alvo foi vacinado. A meta é imunizar 80% de idosos, crianças, gestantes, indígenas, doentes crônicos, profissionais de saúde e população carcerária.
A Secretaria de Estado de Saúde prorrogou até o dia de 5 junho a campanha de vacinação contra a gripe. O novo prazo tem como objetivo atingir a meta inicial do Ministério da Saúde, que é imunizar 80% dos grupos prioritários no Rio de Janeiro, o que representa aproximadamente 4,1 milhões de pessoas. Até esta quinta-feira (21), apenas 34% do grupo prioritário se vacinou no estado. Dentro deste grupo prioritário, gestantes e crianças (de 6 meses a 5 anos), foram os que menos se vacinaram, respectivamente com 29% e 30% de cobertura. Logo em seguida, vêm os idosos, com índice vacinal de apenas 37%.
Ao todo, 1.500 postos de saúde nos 92 municípios em todo estado do RJ estão atuando para garantir a imunização. A vacina é capaz de imunizar contra os três subtipos de vírus da gripe que mais circularam no último inverno: A/H1N1 (gripe suína); A/H3N2 e influenza B.
No estado do RJ, a Região do Médio Paraíba – formada pelos municípios de Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro, Rio das Flores, Valença e Volta Redonda – segue sendo a de menor cobertura para gripe: menos de 26,9% do público-alvo se vacinou.
- O momento é de redobrar os esforços para que possamos garantir a vacinação do grupo prioritário em nosso estado. A vacina é forma mais eficiente de se proteger contra gripe, doença simples, mas que pode evoluir para casos mais graves. Esta é uma importante ação de prevenção, a população precisa se conscientizar sobre a importância de comparecer aos postos de saúde – ressaltou Felipe Peixoto, secretário de Estado de Saúde.
Neste ano, a campanha nacional do Ministério da Saúde recebeu o slogan “Contra a gripe, seu escudo é a vacinação”. O grupo prioritário é formado por pessoas com 60 anos ou mais, crianças de seis meses às que ainda não completaram cinco anos, indígenas, gestantes, mulheres com até 45 dias do parto, população carcerária, profissionais de saúde e profissionais que atuam no sistema prisional, além de doentes crônicos.
- Até agora, registramos baixa procura, principalmente, entre gestantes e crianças com idades entre seis meses e cinco anos. É uma parcela da nossa população que precisa se prevenir, por isso, é essencial que entendam que a vacina protege contra os principais tipos de vírus da gripe, de forma extremamente segura e eficaz. No ano passado, superamos a meta estipulada pelo Ministério da Saúde. Com a prorrogação da campanha, vamos atuar para manter a cobertura vacinal no estado – destaca o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.
Campanha de 2014 – Em 2014, o estado do Rio de Janeiro atingiu 83,98% de cobertura vacinal, ultrapassando a meta do Ministério.
Contraindicação – As únicas contraindicações são a alergia aos componentes da vacina, principalmente à proteína do ovo, e os portadores de doenças neurológicas em atividade. Vale ressaltar que pessoas que podem comer ovo frito, pão, bolo ou macarrão não têm essa alergia. Quem estiver com gripe ou apresentado estado febril ou sintomas de dengue, o recomendado é esperar melhorar, para depois se vacinar. O imunizante deve ser tomado todos os anos. A escolha pelo período do outono para a aplicação é estratégica, pois a vacina precisa de duas semanas para induzir alguma proteção e de quatro a seis semanas para que a máxima proteção seja alcançada. Como o inverno é período de maior circulação do vírus, tomando a vacina no outono garante-se máxima proteção no período de maior circulação do vírus.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacinação é a forma mais eficaz para prevenir a gripe e suas complicações. Provocada pelo vírus Influenza, a gripe ataca todos os anos entre 10 e 20% da população do planeta – algo em torno de 600 milhões de pessoas. Se não for tratada, pode gerar complicações que provocam entre 250 mil e 500 mil mortes por ano e milhões de internações. As complicações mais comuns são pneumonia, infecção no ouvido (otite) e inflamação nos brônquios.
Fonte: Ascom/SES