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Hospital Estadual da Mulher comemora o Outubro Rosa

25/10/2023

Pacientes atendidas no Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, ganharam ação comemorativa do Outubro Rosa, no auditório da unidade, nesta quinta-feira (25). O grupo, que faz parte do programa Navegação de Pacientes (PNP) em apoio ao tratamento do câncer de mama, participou de palestras educativas e de outras atividades como maquiagem e música.

O diretor do hospital, Abrahão Ricardo Vianna, e a coordenadora do programa Navegação de Pacientes (PNP), Sandra Gigoia, além da equipe do hospital, celebraram os bons resultados do projeto, que foi criado para cumprir a Lei nº 12.732, conhecida como a “Lei dos 60 dias”. Hoje, as taxas de cumprimento da lei subiram de 22% (2019) para 86% (2022) no HMulher.

“Queremos implantar uma escola de navegadores no ano que vem para que possamos treinar outras pessoas no cuidado humanizado e acolhedor”, disse a mastologista Sandra Gigoia.

“A importância do tratamento para o câncer de mama, especialmente os exames de prevenção, precisa ser mais divulgado. Gostaria de prestar uma homenagem para os médicos, já que Outubro também é o mês desta categoria”, afirmou a gerente de enfermagem do HMulher, Maria Aparecida de Jesus.

As mulheres que se submetem ao exame de mamografia no HMulher e têm resultado positivo para o câncer de mama são encaminhadas ao programa, sendo imediatamente acolhidas por equipe multidisciplinar.

De acordo com o assistente social e navegador Maicon Rocha, que realiza o acolhimento das pacientes, além do suporte para o tratamento clínico, o contato ocorre pelo menos uma vez por semana por telefone, e-mail, mensagem de texto ou pessoalmente.

“O assistente social facilita a passagem pelo sistema de saúde, prestando serviços, como a orientação no agendamento de consultas diagnósticas e o acompanhamento, além de melhorar a comunicação entre as pacientes e os profissionais de saúde”, disse Maicon.

A paciente Monica Santana, que está em tratamento no Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo, em Duque de Caxias, encontrou no PNP o apoio que precisava para enfrentar o câncer de mama.

“Fui muito bem acolhida quando recebi o diagnóstico positivo. Já tinha casos na minha família e vivi um momento muito difícil. Fez toda a diferença poder começar logo o tratamento. Tenho certeza de que serei vitoriosa”.

Um total de 656 pacientes foram incluídas entre julho de 2019 e dezembro de 2022 no PNP do HMulher e 116 pacientes foram excluídas por perda de seguimento. Houve 41 óbitos relacionados com câncer de mama (7,5%) e 3 não relacionados (0,5%) por AVC, pneumonia e trombose. A idade mediana das pacientes foi de 57 anos.

Hoje, o PNP do HMulher encaminha para os exames de mamografia e ultrassonografia (USG) mamária, biópsia mamária guiada por USG (ultrassonagria), laudo histopatológico com painel de imunohistoquímica para estudo de receptores de estrógeno, progesterona, HER2 e Ki67; exames laboratoriais, raios-X de tórax, eletrocardiograma e ecocardiograma.

Além disso, caso necessário, são oferecidas consultas de clínica médica, cardiologia, endocrinologia, ginecologia, odontologia, nutrição, psicologia e planejamento familiar. A paciente é acompanhada sistematicamente pelo navegador de pacientes (assistente social treinado) desde o dia da biópsia até o início do tratamento na rede referenciada pelo SER (Sistema Estadual de Regulação).

Experiência bem-sucedida

Os bons resultados do PNP foram reconhecidos pelo Ministério da Saúde em 2021 durante a primeira edição do Prêmio Prevenção e Controle do Câncer. O PNP do HMulher ficou entre os cinco finalistas no Brasil.

Hoje, o modelo serve de inspiração para outros municípios brasileiros, que desejam implantar a iniciativa. O programa estadual tem modelo de prestação de serviços centrado na paciente, com foco no cuidado contínuo, permitindo que ela percorra o sistema de saúde de forma ágil, com acesso aos exames e às consultas que necessita para a continuidade do seu tratamento.

De acordo com a legislação, o paciente com câncer tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no SUS no prazo de até 60 dias, contados a partir do dia em que for assinado o diagnóstico em laudo patológico, conforme a necessidade terapêutica do caso. O PNP foi criado para estimular a obtenção da taxa positiva de atendimento.

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