14/03/2014
Atletas de MMA realizaram nesta quinta-feira, dia 13/03, uma bateria de exames no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC). Os exames são pré-requisitos para que possam lutar com segurança, comprovando, dessa forma, a condição clínica do atleta. A unidade irá examinar 18 lutadores que participarão da 33ª edição Watch Out Combat Show (WOCS), que acontece no dia 28 de março, no Rio de Janeiro.
O teste de esforço foi uma das avaliações feitas na unidade. O responsável pelo Centro de Cardiologia do Exercício do IECAC, Salvador Serra, ressaltou que, durante o teste ergométrico, é possível avaliar a capacidade física do indivíduo, a existência de uma eventual arritmia cardíaca, a detecção de uma isquemia miocárdica e a curva da pressão arterial.
Willian Viana de Santana, de 36 anos, irá disputar o cinturão do WOCS na categoria galo, de 61 kilos. Lutador de MMA há quase 10 anos, ele destaca a importância da exigência da bateria de exames para garantir a segurança do lutador. “É importante prevenir para diminuir o risco e proteger a saúde e a até a própria vida do atleta”, afirma Santana, que também fez testes de sangue no IECAC. Ontem, os lutadores fizeram exames no Rio Imagem.
Os atletas também realizaram os exames no o Centro de Diagnóstico por Imagem do Governo do Rio – Rio Imagem. Eles foram submetidos à ressonância magnética e angioressonância do crânio.
Campanha de Luta contra o Crack. A Secretaria Estadual de Saúde e organizadores do evento realizaram uma parceria para possibilitar que os atletas fossem submetidos aos exames clínicos na rede pública. Em contrapartida, os atletas irão contribuir com a campanha de conscientização “Campanha de Luta contra o Crack”, usando camisa no dia do evento.
Para o atleta Diego Braga Alves, de 35 anos, o esporte tem sido fundamental para conscientizar crianças e adolescentes dos males das drogas. Ele tem um projeto social nas comunidades de Rio das Pedras e Tijuquinha, zona oeste do Rio de Janeiro, onde dá aula de luta para aproximadamente 200 alunos.
“Vi muitos amigos se envolverem com drogas, serem presos, mortos. Não quis seguir este caminho e encontrei no esporte a direção certa. A realidade das drogas é pesada e tento passar isso para meus alunos, principalmente para o atleta, que tem que ter disciplina, manter uma vida saudável”, avaliou o lutador, que irá fazer a luta principal do evento.
Em 2013, a Secretaria de Estado de Saúde organizou o Festival de Lutas contra o Crack, que reuniu 36 lutadores de cinco modalidades diferentes de lutas em torno de um objetivo nobre: a vontade de acabar com uma droga que vem matando milhares de pessoas em todo o país.