10/08/2022
O Núcleo de Educação Permanente da Central Estadual de Transplantes realizou mais uma edição do curso “Capacitação para Acolhimento Familiar e Comunicação em Situação de Morte”, na terça-feira (9/8), no Campus Vista Carioca, da Universidade Estácio de Sá. Voltado para profissionais de Saúde de nível superior que atuam em hospitais com leitos de ventilação mecânica, o curso reuniu cerca de 20 alunos e teve inscrições esgotadas.
De acordo com o diretor assistencial da Central Estadual de Transplantes, Fabrício Oliveira, o objetivo da capacitação é instrumentalizar os profissionais de saúde para o acolhimento de famílias enlutadas e que serão entrevistadas para a doação de órgãos. “Acreditamos que essa é uma das estratégias em favor de aumentar o número de notificações, captações e transplantes no estado do Rio de Janeiro”, disse Fabrício.
O treinamento incluiu palestras para desenvolver a questão da empatia, além de mostrar as vulnerabilidades das famílias diante de uma notícia ruim. Foram realizadas ainda simulações com os alunos, abordando situações que podem acontecer no dia a dia, seguidas de debates para avaliação das posturas dos profissionais em treinamento.
“A expectativa é treinar os profissionais para a importância de acolhimento das famílias, para que elas se sintam confortáveis e seguras na decisão de doar os órgãos”, afirmou a instrutora Bianca Oliveira.
Por lei, a família que opta pela doação de órgãos deve passar pela entrevista familiar com as equipes responsáveis. É neste momento que a documentação é preenchida com a presença de testemunhas e a família escolhe os órgãos que serão doados, bem como autorizam ou não disponibilizar os órgãos para outro estado, caso não haja receptor compatível no Rio de Janeiro.