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Profissionais do Hemorio assistem à palestra sobre direitos e cidadania LGBT

30/09/2016

Nesta quinta-feira, 29 de setembro, o Hemorio promoveu a palestra Saúde e Cidadania da População LGBT. O coordenador do Rio Sem Homofobia, Claudio Nascimento, falou para os profissionais da unidade sobre temas pertinentes ao atendimento da comunidade LGBT nos equipamentos de saúde e esclareceu dúvidas sobre conceitos como transexualidade, homofobia, orientação sexual e identidade de gêneros.

Coordenadora técnica do Serviço de Hematologia do Hemorio, Claudia Máximo destacou a importância da informação para a melhoria no atendimento desses pacientes.

— Às vezes, nos deparamos com pacientes que conhecem os seus direitos e, por falta de conhecimento, não sabemos como lidar com eles. Entender mais vai nos ajudar a lidar melhor com essas situações – afirmou a médica.

Durante o encontro, Nascimento salientou que a excelência no atendimento em saúde é um tema estratégico para as lideranças que discutem, em todo o estado, o acesso da população LGBT aos serviços públicos. Acrescentou ainda que o uso do nome social em todas as instâncias do atendimento é o princípio básico para a mudança. Para ele, essa informação deve ser a primeira a ser solicitada.

— Quando o paciente chega à unidade e quem o atende vê que há uma diferença clara entre o nome no documento de identidade e a figura da pessoa que está na sua frente, a primeira pergunta a ser feita é: ‘Como você prefere ser chamado?’. Quando o paciente não é chamado pelo seu nome social, ele simplesmente não responde e vai embora, deixando de ter acesso ao direito básico, o atendimento em saúde. É imprescindível buscar a mudança de todos os sistemas de registro, formulários, prontuários para que a pessoa seja identificada da forma correta, pelo seu nome social – orientou.

Martha Vilardo, chefe do setor de Serviço Social do Hemorio, afirmou que o encontro foi motivado por questões apresentadas pelos próprios profissionais de saúde, como o uso de enfermarias e banheiros.

— Foi uma demanda dos nossos profissionais que, no dia a dia, atendem a esses pacientes e, muitas vezes, não sabem como proceder em determinadas situações. Essa palestra foi o primeiro passo para que possamos aprimorar cada vez mais as nossas práticas. Queremos ter novos encontros – opinou.

Profissionais de outras unidades de saúde do estado, como o IEDE e o Hospital Universitário Pedro Ernesto, que também atendem muitos pacientes transexuais, participaram do encontro.

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