24/03/2017
A vacina contra febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença em territórios com circulação comprovada do vírus. Produzida no Brasil e utilizada desde 1937, apresenta eficácia superior a 90%, é segura e garante proteção durante toda a vida.
Esclareça suas dúvidas:
• Quem não deve se vacinar?
São contraindicações: gestantes, mulheres que estejam amamentando, pessoas com alergia a algum componente da vacina e alergia a ovos e derivados; pessoas com doença febril aguda, com comprometimento do estado geral de saúde; ou ainda pacientes com doenças que causam alterações no sistema de defesa (nascidas com a pessoa ou adquiridas), assim como terapias imunossupressoras – quimioterapia e doses elevadas de corticosteroides, por exemplo; indivíduos portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico ou com outras doenças autoimunes; pacientes que tenham apresentado doenças neurológicas de natureza desmielinizante (Síndrome de Guillan Barrè, ELA, entre outras) no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da vacina; pacientes transplantados de medula óssea; pacientes com histórico de doença do Timo; pacientes portadores de HIV; crianças menores de seis meses de idade; crianças menores de dois anos de idade que não tenham sido vacinadas contra febre amarela não devem receber as vacinas tríplice viral ou tetra viral junto com a vacina contra FA. O intervalo entre as vacinas deve ser de 30 dias.
• Qual é a orientação para quem já tomou a vacina?
A vacina garante a imunidade por dez anos, quando é preciso tomar uma nova dose. Após a segunda vacina, não há mais necessidade de uma nova dose.
• Qual é a orientação para quem perdeu o cartão de vacinação e não tem conhecimento da própria situação vacinal?
A recomendação é para que a pessoa procure o serviço de saúde que costuma frequentar para tentar resgatar seu histórico. Caso isso não seja possível, a pessoa deve iniciar o esquema vacinal normalmente. Para as pessoas com idades a partir de 5 anos que nunca foram vacinadas devem receber a primeira dose e um reforço, dez anos depois.
• No caso das crianças que precisam se vacinar, quais são os riscos de receber a vacina contra a febre amarela junto com outras vacinas?
A vacina de febre amarela não deve ser aplicada ao mesmo tempo em que as vacinas tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) ou tetra viral (contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Se a criança tiver alguma dose do Calendário vacina em atraso, ela pode tomar junto com a de febre amarela, com estas exceções citadas – tríplice e tetra viral. Já as crianças que não receberam nenhuma destas três vacinas e for atualizar sua situação vacinal, a recomendação é para que ela receba a primeira dose contra febre amarela e posteriormente, com intervalo de pelo menos 30 dias, deve agendar a vacinação com tríplice viral ou tetra viral.
• O que é febre amarela?
Há dois tipos de febre amarela – silvestre e urbana. As duas são causadas pelo mesmo vírus e causam a mesma doença, mas se diferem pelo vetor de transmissão. A urbana é transmitida pelo Aedes aegypti e, de acordo com o Ministério da Saúde, desde os anos 40, o Brasil não registra casos deste tipo da doença. Já a silvestre é transmitida pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabeths, insetos de hábitos estritamente silvestres. A febre amarela silvestre é endêmica em algumas regiões do país, principalmente na região amazônica. Os sinais e sintomas mais comuns da doença são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos que duram, em média, três dias. Nas formas mais graves da doença, podem ocorrer icterícia (olhos e pele amarelados), insuficiências hepática e renal, manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. Trata-se de uma doença infecciosa febril aguda, transmitida exclusivamente pela picada de mosquitos infectados.