16/04/2025
No mês em que se celebra o Dia Mundial do Autismo, 2 de outubro, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) promoveu, nesta quarta-feira (16/04), o III Seminário Estadual de Cuidado com a Pessoa com TEA. O evento aconteceu no auditório da SES e contou com a participação da primeira-dama do Estado do Rio de Janeiro, Analine Castro, da secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, e palestrantes que destacaram estudo genético, pesquisa e rede de cuidados às pessoas com transtorno.
“Esta é uma pauta prioritária em nosso governo. Há um ano, inauguramos o Centro Estadual de Diagnóstico para o Transtorno do Espectro Autista (CEDTEA), que atua no diagnóstico precoce de crianças e de adolescentes com autismo. Foram mais de 5 mil atendimentos em 12 meses, com equipe multiprofissional que tem transformado a vida de um grupo importante da sociedade”, disse a secretária de Estado de Saúde.
A presidente de honra do RioSolidario, Analine Castro, destacou a importância da realização do seminário no processo contínuo de melhoria da qualidade de vida das pessoas com TEA.
“Temos muito a fazer neste campo, mas avançamos com a inauguração do primeiro CEDTEA, na Gávea, que presta atendimento de excelência às pessoas com autismo, oferecendo mais qualidade de vida. Este seminário é importante porque nos direciona a outros caminhos. É um trabalho de muito amor, dedicação e troca de experiência”, frisou Analine Castro.
O pediatra e geneticista Isaías Paiva falou sobre “Os estudos de genética para pessoas com TEA”. Ele destacou também a questão do fenótipo – traços de autismo que não preenchem todos os critérios para a análise -, síndromes, diagnóstico e sinais de alerta.
“O sorriso social não presente na criança em 45 dias é um sinal de alerta para o autismo. O transtorno é uma característica genética e ambiental. Ela apresenta déficit na comunicação, socialização e tem movimentos repetitivos. O diagnóstico deve ser feito pelo pediatra ou neuropediatra, com anamnese, exame físico neurológico e morfológico”, ressaltou o geneticista.
A pesquisadora Fernanda Tovar-Moll palestrou sobre a “Pesquisa Translacional no TEA”. Ela fez uma abordagem do diagnóstico e as técnicas avançadas para tentar identificar os padrões de comportamento do TEA.
“A pesquisa busca entender o diagnóstico dos casos, com uso de exame de ressonância magnética e estudo genético. A ideia é tentar achar uma assinatura para o transtorno em grau maior ou menor em certas regiões do cérebro. Ainda não foi possível, mas estamos em busca das explicações”, comentou a pesquisadora do Instituto IDOR.
Fotos: Mauricio Bazílio