11/02/2015
Integrantes da Portela e do bloco de voluntários “Vem doar pra mim” lotaram o salão de doadores e colaboraram para ampliar o estoque de sangue para o Carnaval
Faltando três dias para a festa de Momo, o Hemorio se transformou em uma verdadeira filial da Marquês de Sapucaí. Em ritmo de samba e solidariedade, mais de 300 pessoas, entre integrantes da Escola de Samba Portela e voluntários do bloco “Vem doar pra mim”, compareceram ao hemocentro para doar sangue. Mobilizados pelo baixo estoque, os voluntários enfrentaram o forte calor para realizar a boa ação. A meta do Hemorio é coletar mil bolsas extras até a próxima sexta-feira, antes do Carnaval. O instituto abastece 200 unidades de saúde, incluindo os hospitais de urgência e emergência.
Os integrantes da Portela chegaram em um ônibus fretado pela escola de samba. Já o Bloco “Vem doar pra mim”, de uma empresa parceira do Instituto, se concentrou na Central do Brasil e desfilou até o hemocentro ao som do “samba da doação”, composto por Paulinho Mocidade. Os organizadores criaram abadás, máscaras e distribuíram material informativo.
De acordo com o diretor geral do Hemorio, Luiz Amorim, a mobilização de pessoas ligadas ao carnaval é muito importante para a instituição. “É um momento difícil para a doação de sangue. Os doadores já estão focados na festa. Então, receber foliões, que dedicam um pouco do seu tempo para ajudar a população, é recompensador”, afirmou o médico.
A diretora técnica do Hemorio, Carla Boquimpani, agradeceu a iniciativa da agremiação e do bloco. “É uma ação muito bem vinda. Mostra o sentimento de solidariedade do cidadão. Precisamos nos precaver para uma eventualidade no Carnaval. O Hemorio distribui sangue para mais de 200 unidades de saúde. É essencial estarmos preparados para dar respostas rápidas, caso necessário”, ressaltou a diretora.
A Escola de Samba Portela se sensibilizou com o baixo estoque de sangue do Hemorio. A ideia é que seus integrantes compareçam em turnos para se alcançar a meta de mil bolsas extras até o Carnaval. A Portela já tinha iniciado a ação no início do mês com a campanha “sou carioca, sou de Madureira, sou doador de sangue”, com várias personalidades como Gloria Pires, Ailton Graça, Sheron Menezzes, Leandra Leal e o comentarista Luis Roberto.
Tatiana Ferreira, gerente de responsabilidade socioambiental da Masan, empresa responsável pela organização do bloco “Vem doar pra mim”, acredita na força dos voluntários. “Viemos desfilando desde a Central do Brasil. Entre os integrantes, tem policiais militares, alunos de cursos de capacitação de cozinheiros, jovens do projeto Pro-Florecer e o time de futebol do Morro do Alemão”, contou a funcionária.
Rene Silva, fundador do programa de rádio Voz da comunidade, do Complexo do Alemão, também engrossou o coro das doações. Para ele, o ato é também uma forma de chamar atenção da sociedade. “É uma ação importante. Precisamos, cada vez mais, sermos solidários e termos a consciência de que o sucesso de certas ações depende de nossa iniciativa, de nosso posicionamento e da nossa capacidade de influenciar outras pessoas a fazer o mesmo”, explicou o jovem.
A Policial Militar Elizabeth Novaes, de 32 anos, também doou sangue. Ela era doadora constante, mas ficou grávida e agora pôde voltar a doar. Priscila desfilou com o bloco “Vem doar pra mim” antes de chegar ao Hemorio. “É um ato de amor ao próximo. Agora quer sou mãe, tenho ainda mais consciência sobre a importância dessa ação. Sangue deveria ter sempre em excesso”, disse a militar.
De acordo com o Ministério da Saúde, menos de 2% da população doa sangue com regularidade. E durante os períodos festivos como o Carnaval, o comparecimento de doadores, que já é irregular, diminui ainda mais. Historicamente, as doações voluntárias nas duas semanas que antecedem o Carnaval chegam a cair 70%, exatamente em uma época em que a demanda aumenta, devido ao crescimento de acidentes nas estradas e o maior fluxo de pessoas. Somente no Rio de Janeiro, são esperados 5 milhões de turistas para aproveitar a festa. Por isso, o Hemorio está fazendo sua última chamada para que a população, antes de “cair na folia” doe sangue.
Quem pode doar?
Para ser um doador de sangue, o voluntário precisa estar bem de saúde, deve trazer um documento oficial de identidade com foto, ter entre 16 e 68 anos e pesar mais de 50 quilos. Não é necessário estar em jejum. O candidato deve somente evitar alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem a doação e as bebidas alcoólicas 12 horas antes. Jovens com 16 e 17 anos só podem doar com autorização dos pais ou responsáveis. O modelo da declaração pode ser adquirido através do site do Hemorio –www.hemorio.rj.gov.br.
Os endereços e horários de funcionamento dos postos podem ser obtidos através do Disque Sangue (0800 282 0708) que esclarece outras dúvidas e agenda a doação com hora marcada.
O Hemorio fica na Rua Frei Caneca, 08 – Centro, ao lado do Campo de Santana e funciona todos os dias (inclusive sábados, domingos e feriados; portanto, estará aberto em TODOS os dias do Carnaval), das 7 às 18 horas.
O Hemorio é o hemocentro coordenador do Estado do Rio de Janeiro, da Secretaria de Estado de Saúde e Fundação Saúde e que abastece com sangue e derivados cerca de 180 unidades de saúde, entre elas, as grandes emergências, maternidades e UTI´s. No Rio de Janeiro, ainda há mais 26 unidades de coleta de sangue coordenados tecnicamente pelo Hemorio como o Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel; Hospital da Posse, em Nova Iguaçú; Hospital Geral de Bonsucesso e o Instituto Nacional de Cardiologia, em Laranjeiras. Os endereços e horários de funcionamento dos postos podem ser obtidos através do Disque Sangue (0800 282 0708) que esclarece outras dúvidas e agenda a doação com hora marcada.
Fonte: Ascom/SES