16/04/2013
Durante a manhã desta sexta-feira (26), 90 pessoas realizaram exames gratuitos na Cobal do Humaitá, Zona Sul do Rio, para checar pressão arterial, glicose, colesterol, peso e circunferência abdominal, além de receberem orientações de diversos profissionais de saúde. A iniciativa foi promovida pelo Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio Castro (IECAC) em comemoração ao Dia de Combate e Prevenção à Hipertensão Arterial.
A hipertensão é uma das doenças que mais acomete a população mundial, além de ser um dos fatores agravantes do acidente vascular cerebral e enfarto agudo do miocárdio. De acordo com o diretor do IECAC, Antônio Ribeiro, e segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro, menos de 10% daqueles que sabem que sofrem de hipertensão não faz o acompanhamento médico adequado para o controle da pressão arterial.
A autônoma Maria Cavalcanti, de 63 anos, é um exemplo. Ela é hipertensa, mas não procura o médico regularmente para controlar a pressão arterial. “Sei dos riscos, mas deixo a saúde em segundo plano. Procuro o médico só quando sinto alguma coisa. Mas sei também que tenho que mudar isso até porque sou diabética, que é outro problema na minha vida”, disse.
Para o diretor do IECAC, os dados são preocupantes e, por isso, a importância da conscientização da população. “A hipertensão é uma que muitas vezes não apresenta sintomas. Na capital do Rio de Janeiro, 28% são hipertensos. O controle precisa ser feito permanentemente”, alertou Ribeiro.
Este é o caso de Dagoberto Santos Araújo, de 29 anos. Após os exames realizados na manhã desta sexta-feira, descobriu que está com a pressão alta. “Foi uma surpresa para mim. Sempre adio a consulta de rotina no médico por causa do trabalho. Hoje percebi que tenho que controlar a pressão, a glicose e o colesterol, pois tudo está acima da média”, afirmou.
A Fundação Saúde, que é a gestora da unidade, fez concurso público e contratou educador físico para o IECAC. Um deles é Marcelo Carvalho Vieira, que trabalha na reabilitação cardíaca da unidade e esteve presente orientando a população sobre a importância dos exercícios físicos.
“Infelizmente, a maioria das pessoas que atendi hoje não faz atividade física e o sedentarismo é outro agravante para a doença. Mas temos que reiterar constantemente a relevância do movimento do corpo para a saúde de qualquer pessoa, seja ela hipertensa ou não”, lembrou