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No Dia Mundial da Hipertensão Arterial, conheça mitos e verdades sobre a doença

18/05/2021

Especialistas do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC) alertam para a importância da aferição de rotina, desde a infância

O Dia Mundial da Hipertensão Arterial, 17 de maio, foi criado com o objetivo de alertar a população para a importância da doença, que afeta cerca de 30% da população adulta em todo o mundo, ou seja, mais de um bilhão de pessoas, e acomete 25% dos brasileiros. A hipertensão é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, especialmente doença coronariana e acidente vascular cerebral, mas também para doença renal crônica, insuficiência cardíaca, arritmia e demência. O controle da pressão arterial reduz em 42% o risco de derrame e em 15% o de infarto, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Por esse motivo, a aferição da pressão é uma medida essencial para o diagnóstico e o tratamento adequado. E os médicos alertam: todos, inclusive crianças a partir de 3 anos, não só podem como devem medir a pressão nas consultas médicas de rotina.

– A aferição em criança tem a finalidade de estudar fatores de risco hereditários, estudar diagnóstico e afastar falsos positivos, como é o caso dos hipertensos por ocasião da síndrome do jaleco branco. Se houver esse hábito saudável desde sempre, fica mais simples acompanhar – explica Elizabeth Vilar, cardiologista pediatra do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC), unidade administrada pela Fundação Saúde.

Cerca de metade das pessoas que vivem com hipertensão desconhece sua condição, o que as coloca em risco de complicações médicas evitáveis. A seguir, uma lista com os principais mitos e verdades sobre a doença.

1. O estresse aumenta a pressão arterial
VERDADE. O estresse aumenta a estimulação do sistema nervoso simpático, eleva a pressão, reduz a circulação do sangue nas coronárias, aumenta o consumo de oxigênio pelo músculo cardíaco e gera instabilidade elétrica no coração, podendo ocasionar arritmias cardíacas e infarto. Cerca de 15% dos infartos são causados por estresse repentino e intenso.

2. A hipertensão é mais comum entre as mulheres
MITO. No Brasil, verifica-se uma prevalência da doença em 35,8% dos homens e em 30% das mulheres. Porém, após a menopausa, a situação se inverte porque nessa fase há diminuição da produção de estrogênio, protetor natural do sistema arterial.

3. O álcool prejudica o controle da pressão arterial
VERDADE. O consumo excessivo de bebida alcoólica eleva a pressão arterial e está associado a maior risco de morte por doenças cardíacas.

4. O sal da comida, sozinho, é o grande responsável pelo aumento da pressão arterial
MITO. Embora seja um dos principais fatores de risco, o sal adicionado à comida não é o único responsável. O sódio presente nos alimentos e bebidas industrializados também é um importante vilão. O brasileiro consome, em média, o dobro da quantidade de sal recomendada pela Organização Mundial de Saúde, ou seja, 5g (uma colher de chá) diárias.

5. A hipertensão não apresenta sintomas
VERDADE. Na maioria das vezes, não há sintomas. Em alguns casos, pode haver dor de cabeça, zumbido no ouvido, visão turva, tontura, dor no peito, palpitações, entre outros.

6. Quem tem pressão alta corre risco de infarto e outras doenças
VERDADE. A hipertensão é fator importante para infarto. Quando a pressão se mantém sempre acima dos 14×9 mmHg, alguns órgãos podem ser afetados, como o cérebro, ocasionando derrame, e o coração, dando origem a um infarto.

7. Hipertensão tem cura
MITO. A hipertensão não pode ser curada quando o problema é hereditário, ou seja, em mais de 90% dos casos. No entanto, pode e deve ser controlada.

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