28/09/2018
Nesta quinta-feira (27/09), Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, o Programa Estadual de Transplantes, divulga os dados de transplantes realizados no Estado do RJ. Desde a sua criação, em 2010, o PET já realizou cerca de 15 mil procedimentos. Em 2017, foram 2.676 procedimentos, um aumento de 318% em relação a 2010.
Apesar do crescimento, a data serve como alerta para discussão do tema. Para o transplante acontecer é imprescindível que famílias, no momento da dor, digam apenas uma palavra: sim. Atualmente, a autorização familiar é a única forma dos transplantes acontecerem.
Além de coração e fígado, o PET realiza transplantes e captação de rim, medula óssea, osso, pele, córnea e esclera (membrana que protege o globo ocular). Das unidades estaduais, familiares de pacientes do Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, foram as que mais autorizaram a doação. Ao todo, em 2018, foram 64 órgãos captados no hospital (38 rins, 22 fígados e 4 corações).
PET EM NÚMEROS
Os transplantes de coração realizados pelo Programa Estadual de Transplantes nunca atingiram o patamar de 2018. De janeiro a agosto, 17 pessoas passaram a viver com o órgão. Em 2017, foram 12.
Além disso, foram 668 transplantes de córnea realizados entre janeiro e agosto de 2018. Ao todo, desde a criação do PET, foram 3.295 procedimentos. Já para fígado, no mesmo período, foram transplantados 170. Em 2017, foram 247. Esse número, recorde no estado, representa um aumento de 263% de transplante de fígado em relação a 2010, quando foram realizados 68 procedimentos. No geral, em 2018 já foram feitos 1.287 transplantes.
Doe+Vida – As equipes da Coordenação Familiar do PET também realizam, desde 2015, palestras de conscientização em empresas, instituições e diferentes entidades para falar sobre o assunto. Além disso, o programa disponibiliza o site www.doemaisvida.com.br, onde as pessoas que querem se declarar doadoras podem se cadastrar, além de imprimir o Cartão do Doador. Apesar de não ser um documento legal, uma vez que somente familiares diretos podem autorizar a doação, o cadastro visa estimular as famílias que discutam o assunto, busquem informações e compartilhem entre todos a vontade de ser doador.
Vidas que dependem do “sim” – A legislação brasileira determina que apenas parentes diretos de pacientes com diagnóstico de morte encefálica têm o direito de autorizar a doação de órgãos e tecidos. Portanto, conversar e expor o desejo de ser doador à família são a forma mais importante de fazer com que essa vontade seja respeitada.
Disque-Transplante: 155