30/07/2013
Profissionais de saúde das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) receberão nos próximos meses treinamento para aprimorar o atendimento a pacientes que apresentem sintomas de infarto agudo no miocárdio. A expectativa é capacitar aproximadamente 500 profissionais, entre médicos e enfermeiros, a começar pela UPA de Copacabana. De acordo com especialistas, a agilidade no atendimento visa evitar complicações mais graves imediatas e futuras.
A iniciativa faz parte do programa PAP-Rio criado pelo do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC), que consiste na utilização de uma das tecnologias mais modernas para o tratamento do infarto agudo do miocárdio por meio da angioplastia primária com implante de stent. Para que o paciente chegue nesta etapa do tratamento, ele precisa ser identificado imediatamente com sintomas do infarto no primeiro atendimento na UPA.
Segundo dados do Núcleo de Consultoria Cardiológica da Secretaria de Estado de Saúde, cerca de 30% dos pacientes que dão entrada nas UPAs apresentam algum tipo de obstrução coronariana. O coordenador do Núcleo de Consultoria Cardiológica, Victor Neves da Fonseca, afirma que 50% dos pacientes infartados na primeira hora vem a óbito. “Por isso, o atendimento é fundamental para identifica-los, adotando as medidas necessárias para reduzir o índice de mortalidade por causa de problemas no coração”, explica.
De acordo com as orientações repassadas durante o treinamento, o paciente que apresentar queixas de dores no peito, suor frio, náuseas, vômito e palidez, deve ser enquadrado na classificação de risco daqueles que podem ser vítimas de infarto. Por isso, submetê-lo ao eletrocardiograma imediatamente é o procedimento que deve ser feito para diagnosticar a alteração ou não, evitando, dessa maneira lesões graves e até mesmo a morte do paciente.
“O médico tem o apoio do IECAC que, além de auxiliar na análise do quadro clínico, oferece o suporte necessário para o tratamento adequado, desde o diagnóstico até a internação na unidade hospitalar”, acrescenta Fonseca.
Para a enfermeira Renata de Avelar Rabello, o treinamento promovido foi importante porque apresentou situações que podem auxiliar na identificação do indivíduo que está sofrendo um infarto. “A classificação de risco é essencial e por isso, os enfermeiros, responsáveis pelo acolhimento, devem ter noções específicas dos sintomas apresentados”, avaliou Renata.
Já estão previstos treinamentos para as unidades de Botafogo, Tijuca e Engenho Novo como parte inicial do projeto. A expectativa é atender a toda a rede.