07/03/2017
Os pacientes do Centro Psiquiátrico do Rio de Janeiro abriram o desfile das Campeãs no último sábado (04/03), na Marquês de Sapucaí, pela Escola de Samba Embaixadores da Alegria, que reúne mais de mil pessoas em diversas alas, comissão de frente e carros alegóricos. Cerca de 70 participantes, entre colaboradores e pacientes do CPRJ, fizeram parte da festa que juntou música, arte e alegria como instrumentos-chave para a inclusão social.
- Esse desfile é uma atividade social externa muito importante, que não faz discriminação de quem é técnico de saúde e quem é paciente, somos todos iguais. A gente promove na saúde mental isso, a igualdade. É uma atividade única, numa relação completamente horizontal. A ideia é tão bem aceita que expandimos o convite também aos amigos de outras unidades psiquiátricas da cidade – conta o diretor do centro psiquiátrico, Francisco de Paula Sayão Lobato Filho.
Há sete anos consecutivos os usuários do CPRJ desfilam pela Embaixadores da Alegria e este ano vieram ao som do enredo Alegria Que nos Alimenta, dos compositores Léo Nunes, Silas Nascimento e Gilberto Costa. Fundada em 2006, através da iniciativa do americano Paul Davies, Caio Leitão e Felipe Nogueira, a escola de samba foi ganhando espaço e se consolidou na abertura do desfile das campeãs.
Carnaval no CPRJ – A data carnavalesca é motivo de festa e criatividade para os usuários do centro psiquiátrico que, ao longo dos últimos meses, participaram de oficinas psicossociais dentro do tema, confeccionando máscaras que ornamentaram a unidade. As atividades não pararam por aí: um animado baile de Carnaval aconteceu na unidade, às vésperas do feriado, e reuniu pacientes, funcionários e colaboradores que se apresentaram com direito à fantasia – confeccionadas pelos próprios pacientes – e muita marchinha e samba-enredo.
O centro psiquiátrico – A unidade tem como objetivo coordenar a assistência necessária ao processo de ressocialização de pacientes com transtornos mentais e é composto de emergência 24 horas, enfermaria, ambulatório e hospital-dia (voltado para usuários que não ficam internados na unidade), totalizando cerca de 3.600 atendimentos por mês.