03/10/2024
Música, dança e outras formas de arte fazem parte da rotina do Hospital Estadual Eduardo Rabello (Heer), em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, administrado pela Fundação Saúde. Para cuidar do corpo e da mente, a unidade especializada em idosos oferece ainda atividades como pintura, exercícios físicos, artes marciais, costura e jogos da memória. As sessões de bem-estar são realizadas no Centro-Dia, espaço de convivência do grupo da terceira idade, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h.
A unidade é referência na assistência aos idosos, oferecendo internação e atendimento ambulatorial em 12 especialidades. Criada em 1973, o hospital passa por obras e vai mais do que dobrar sua capacidade até o fim do ano.
Os idosos chegam ao Centro-Dia, por encaminhamento de profissional especializado: médicos, psicólogos e assistentes sociais. No hospital, passam por avaliação do serviço social, consulta com enfermagem, atualização da caderneta de vacinação e terapeuta ocupacional, que avalia a atividade mais indicada a ser feita.
Com 93 anos de idade, o maestro Adnaldo Fernandes Barboza é figura carimbada no projeto “Banda Musical”, que acontece sempre às sextas-feiras, das 9h às 14h. São 20 anos em que seu coração bate forte no ritmo do surdo, instrumento que utiliza para embalar clássicos do samba, do bolero, do tango, do jazz e da seresta.
“A música está no meu sangue e tenho imensa alegria de estar aqui para compartilhar toda essa emoção com os meus amigos. Só tocamos músicas de qualidade, como “Conceição”, de Cauby Peixoto; “Marina”, de Dorival Caymmi; e a “A volta do boêmio”, de Adelino Moreira. Além de outras canções de Lupicínio Rodrigues, Vinícius de Moraes, Cartola, Nélson Gonçalves e Pixinguinha”, declarou o maestro, integrante do grupo de nove idosos que tocam diversos instrumentos.
A trilha do bem-estar, da alegria e do envelhecimento ativo também foi o caminho encontrado por Aparecida Starnek, de 80 anos. Ela recarrega suas energias no projeto “Dança e Cura”.
“A dança verdadeiramente cura. Muitas vezes, chegamos com alguma dor e saímos sem nada. Precisamos de movimento e de interação com os colegas. A dança cigana é ótima porque reforça o físico e o mental”, explica a idosa.
Prestes a completar 51 anos de funcionamento, em novembro de 2024, o Heer passa por obras de modernização. O Governo do Estado investiu R$ 13 milhões na unidade para ampliar a capacidade de 31 para 69 leitos, incluindo sete de terapia intensiva.
“Além dos novos leitos de internação, estamos preparando um Centro de Imagem com tomografia, mamografia, ultrassom, ecocardiograma e raio-x, além de um Centro de Esterilização de materiais médicos, um setor para fisioterapia, e ampliação de consultórios, que passaram de 12 para 22”, explica a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
A fachada do hospital está sendo recuperada, assim como o acesso das ambulâncias, a recepção, o laboratório e o refeitório. Por ano, o Heer realiza 349 mil atendimentos entre consultas de cardiologia, ginecologia, ortopedia, exames de imagem e laboratoriais.